Movimento de conselheiro reúne assinaturas e pode abrir processo de impeachment contra Barcellos no Inter
- 15/12/2025
O Internacional vive um momento de forte tensão política nos bastidores. O conselheiro Igor Peres Dummer já reuniu 4,8 mil assinaturas de associados favoráveis à abertura de um processo de afastamento do presidente Alessandro Barcellos e dos demais integrantes do Conselho de Gestão. O número supera com ampla margem o mínimo exigido pelo estatuto do clube.
Apesar da mobilização expressiva, Dummer ainda não confirma se fará a entrega formal da petição nesta segunda-feira ao presidente do Conselho Deliberativo, Gustavo Juchem. A indefinição mantém o cenário político em aberto e aumenta a expectativa sobre os próximos passos do movimento.
Assinaturas superam exigência estatutária
Atualmente afastado do grupo político Povo do Clube, Igor Peres Dummer iniciou a coleta das assinaturas na manhã de sexta-feira, utilizando uma plataforma digital. O estatuto do Inter exige pouco mais de mil assinaturas, o equivalente a 1/25 do total de votantes da última eleição presidencial, para viabilizar um pedido de destituição.
Esse patamar foi atingido em poucas horas, o que deu força política à iniciativa. Do ponto de vista formal, qualquer associado pode solicitar a abertura de um processo, desde que cumpra esse requisito, o que já foi amplamente superado.

Estatuto prevê afastamento, mas rito é genérico
Procurado para comentar o caso, o presidente do Conselho Deliberativo, Gustavo Juchem, evitou se manifestar publicamente. Nos bastidores, no entanto, é consenso que o estatuto do Internacional prevê a possibilidade de afastamento de dirigentes, embora não detalhe um rito claro e específico para a destituição.
A principal previsão estatutária é a convocação de uma assembleia geral de associados. Caberia a esse grupo decidir, em votação direta, pela permanência ou não de Alessandro Barcellos e de sua equipe no comando do clube.
Cenário político e consequências
Caso o Conselho Deliberativo aceite o pedido e a assembleia aprove o afastamento, o próprio Conselho deverá escolher um presidente interino entre seus membros. Esse dirigente cumpriria um mandato-tampão até o fim do atual período administrativo.
A eleição regular do Internacional, prevista para o final de 2026, não seria alterada. Barcellos, que já está em seu segundo mandato, não pode concorrer novamente. Assim, o movimento liderado por Dummer surge como um fator de instabilidade relevante em um momento de reconstrução esportiva e administrativa no Beira-Rio.















